segunda-feira, 14 de maio de 2012

SUL DA BAHIA: Produção de leite reduz 60%

Com três meses sem cair uma chuva forte, os pecuaristas de Itabuna, Buerarema e Itapé, no sul baiano, já sentem os prejuízos causados pela seca. No distrito itabunense de Itamaracá, a situação chega a ser preocupante. A maioria produzia leite e os produtores rurais já começaram a ter prejuízos. Segundo a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), na região eram produzidos dois mil litros de leite por dia. De abril para maio esse número caiu mais da metade, e apenas 700 litros são coletados por dia. "Praticamente a produção caiu uma média de mais de 60%. A gente tirava a média de 20 litros [de leite], caiu e a gente está tirando oito, seis litros no máximo", afirmou o agricultor Pedro Venceslau. Muitas propriedades da região tem como principal fonte de água um tipo de represa que capta água da chuva, mas com toda essa estiagem muitas estão secas, ou pelo menos, com o nível abaixo do normal, além de estar com o recurso completamente contaminado, que não serve nem para os animais beberem. "Vai afetar a sanidade dos animais, principalmente dos bezerros. É uma água contaminada, contém alto índice de verminose, está uma água quente porque a quantidade é pouca, com essa temperatura esquenta. Não é legal para os animais e vai dar problema de sanidade nos animal. Ele vai adoecer e vai perder animal [os pecuaristas]", afirmou o técnico agropecuário da EBDA, Nelson Fernandes. Para tentar minimizar os efeitos, a alimentação dos bovinos foi modificada. A cana que é mais resistente ao sol está sendo triturada e misturada a outros componentes, como uréia e sulfato de amônia. "É o que está ajudando é a cana. Daqui a mais uns oito dias só vai ter a cana para dar, porque capim não tem mais", disse o agricultor José Domingos Soares.

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