segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, está em apuros

Nos últimos quatro anos como deputado federal, Antonio Palocci, Chefe da Casa Civil da presidência da República desde janeiro, multiplicou por 20 o valor do seu patrimônio, segundo reportagem publicada ontem pela Folha de S. Paulo.

O que tinha em 2006 valia R$ 375 mil, conforme consta de sua declaração à Justiça Eleitoral.

Há um ano comprou um escritório em área nobre da capital paulista por R$ 882 mil.

Pouco antes de virar ministro, e na mesma cidade, comprou um apartamento de luxo por R$ 6,6 milhões.

Como deputado, em quatro anos, recebeu em salários R$ 974 mil, brutos.

O que fez Palocci enriquecer tão rapidamente?

Resposta dele: serviços de consultoria por meio de uma empresa que criou e da qual foi dono de 99% das ações.

Quais foram seus clientes?
Palocci não revela.

Quanto recebeu de cada um deles?
Palocci não diz.

Qual a natureza da consultoria prestada?
Palocci é vago.

Seus clientes tinham negócios com o governo?
Palocci não responde.

Seus clientes passaram a ter negócios com o governo depois que lhes deu consultoria?
Palocci silencia.

Servidor público comum é proibido de exercer cargo administrativo em empresa privada.

Servidor público eleito (parlamentares, governadores e prefeitos), pode – salvo em empresas de comunicação. E por motivos óbvios.

Em casos assim, o político dribla a proibição da lei e repassa a parentes ou a testas de ferro a tarefa de administrar seus jornais, emissoras de rádio e de televisão. Desde que o beneficiem, é claro. E prejudiquem seus adversários.

Até prova em contrário, Palocci é um político honesto, e agora rico. Mas que passou a dever explicações ao distinto público.

Se não oferecê-las ou se elas não forem convincentes, passará à condição de político honesto, rico, mas sob suspeita.

É o mínimo – ou não é?

* Informações: Blog do Noblat

Nenhum comentário: